Meu caro e excelentíssimo Governador do Estado de Pernambuco.
Sei que não fui eleitor de Vossa Excelência nas eleições de 2012, e muito menos o meu sertão castigado homologou nas urnas o intento de vê-lo como o mandatário estadual. Não quero acreditar que por capricho ou birra partidária, Vossa Excelência feche os olhos para uma cidade infestada pelo mosquito aedes aegypti (a campeã do sertão), com números alarmantes de casos de zika vírus e chicungunya que estão deixando de ser notificados porque o governo municipal não tem gerenciado esta cidade como merece.
Não podemos acreditar que o senhor, meu caro governador, não esteja sabendo que o ano letivo no município está sendo mais uma vez sacrificado, pela inoperância administrativa de um senhor déspota que usa os recursos constitucionais do FUNDEB, que são intocáveis, que seriam destinados com exclusividade para pagamento dos professores, para outros fins, e não tem uma autoridade sequer, competente, fiscalizadora, que desafie esse rapaz e sua turma insaciável, a desafiá-lo dentro do que preconiza a lei.
A Unidade de Pronto Atendimento, as escolas que já deviam ter sido entregues à população, a academia da saúde, as unidades de saúde, entre tantas outras que não foram entregues, não são tão evidentes para o nobre governador, ou a força do partido, ou outras forças que não sabemos quem está por trás, estão servindo aos caprichos pessoais do prefeito e da sua dama, que, aliás, por tanta desordem que tem praticado para os araripinenses, além de ganhar o “Título de Cidadã Araripinense” também foi contemplada com um belo Cargo de Assessora Especial do Governo, ainda pode ser premiada novamente com uma cadeira na ALEPE. É isso que se faz com os seus aliados, que são bonificados com prêmios por usar o dinheiro do povo em benefício próprio?
E o vice-governador, que quando perguntei a ele se sabia da situação de Araripina, preferiu dizer que as palavras tem poder, mas não poupou impropérios para acusar e chamar o partido do PT, e o Governo Federal de Quadrilha, que, aliás, o seu partido o PMDB ainda não cortou o cordão umbilical, e está igual uma cobra naja, esperando o momento certo para dar o bote.
E lá em cima, meu caro Governador, ninguém fala e ninguém que mover uma palha para saber ou informar o que diabos aconteceu com a malfadada Operação Paradise, guardada ou arquivada dentro de uma gaveta porque o Inquérito Policial não é de interesse de muitos políticos vir à tona, porque o emaranhado é bem mais complicado do que imaginamos e o saco de batatas está bem mais podre.
Viva meu Pernambuco!
Meu?
As terras dos altos coqueiros, governador, não pertencem aos seus federados, mas a uma casta ou um clã de linhagem real, que manda como se aqui fosse uma monarquia, e vejo que todos nós estamos obedecendo como fieis servos, em pleno século XXI, em plena revolução tecnológica, manipulados como gados por seus fazendeiros.
E viva o admirável gado, que tem sido o nosso povo de Araripina. Pacato, manobrado, que esperneia, mas não reage, que sofre, não vai as ruas protestar e nem grita por liberdade e por justiça. Para quê?
Terra que agora tem dono e que ao invés de ter transformado em fonte de inspiração, virou um moradia de porcos.
Aqui os que não se calam, são malvistos, os que bajulam são heróis, numa inversão de papel que mais parece agrado de garoto de aluguel. Araripina tem dono. Manda e desmanda a dama de ferro, que ordena o cavaleiro (se assim posso dizê-lo) que parece desnorteado por uma labirintite, e tem transformado a nossa terra na sua senzala particular, que se acha protegida pelo rei ou senhor, governador, que tem fechado os olhos para a nossa amada Araripina.
Abram-se as portas do Guardião da Justiça, abram-se as portas da esperança, porque estamos parecendo israelitas presos e dominados por egípcios, que tem outro nome: ARRAES.
Precisamos de um Moisés, quem sabe seja o senhor, não para nos tirar da nossa terra, mais para livrar o nosso povo dessa pior praga que Araripina já foi vítima, talvez em proporção igual às pragas do Egito.
Gostaria muito que o meu apelo chegasse até o Palácio dos Campos da Princesa.
Araripina agradeceria.
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